É um crime o que ocorre em Itaberaba. Não existe um trânsito organizado onde o motorista, o pedestre, o usuário de transporte alternativo, tenham segurança. Passando a ser mais uma cultura do medo e do improviso.
A população aumentou para 62 mil habitantes, conforme último censo (2010), e consequentemente com a facilidade do crédito e aumento da renda das classes baixa e média, fez crescer a frota de automóveis e principalmente motos. Esta tem aumentado bastante, pois, além de ser um transporte barato e econômico, é uma forma de trabalho para os famosos motoboys que dominam a cidade, ao transportar pessoas e bens.
Mas, e o que o Município tem haver com isso? A princípio tudo! Porém, não é assim na prática. Apesar das mudanças e melhorias do trânsito que ocorreram nos últimos três anos, há situações que são meramente ignoradas.
Todos os dias o cidadão itaberabense se depara com um acidente envolvendo carros e motos. Um dos lugares mais perigoso está ao lado da própria prefeitura. No cruzamento da Avenida Rio Branco que não tem semáforo. Nesta semana pela manhã, e neste cruzamento, uma moto tipo CG entrou em choque com uma biz, pilotado por uma senhora. Por sorte, não houve vítimas. Mas caso o trânsito fosse mais veloz poderia ocorrer o atropelamento daquela senhora que foi ao chão.
Quando se ignora a realidade do trânsito o resultado é a anarquia. Cada um faz o que quer, pois a polícia militar não dá conta do recado, o departamento municipal de trânsito não faz a sua, e por fim quem paga o preço muito caro é o contribuinte. Que é obrigado a pagar impostos severos sem um retorno significativo.
Se esforçar para adquirir mais três semáforos não é nenhum bicho de sete cabeças. Recursos próprios a cidade tem, então o que falta? Querem ver mais acidentes?
É uma pena que o povo itaberabense ainda não acordou para a realidade, afinal é uma vítima. Deveria existir um processo contra Estado e Município a cada vez que houvesse um acidente. Talvez não resolvesse, mas seria um começo, mostrando toda a indignação popular!
E as faixas para pedestre? O que dizer? São quase invisíveis. Ninguém confia nelas. Primeiro porque são poucos os motoristas que a respeitam (dizemos antes: não existe fiscalização) e segundo, não existe uma cultura ainda na cidade de atenção ao pedestre…
Quem deveria mostrar o caminho das pedras seria o Município! Pois que às vezes até mesmo o pedestre comete erros, quando não observa a sinalização, não se comportando “como pedestre de uma cidade que tem evoluído nos últimos dez anos”. Quantas vezes nos deparemos com pessoas no meio da pista, ignorando os autos, como se estivesse numa cidade de cinco mil habitantes? Cultura, cultura, cultura…
Fonte( Sindserv)