0 abacaxi é explorado na região de ltaberaba há cerca de trinta anos, predominantemente em pequenas propriedades, com áreas médias inferiores a três hectares, onde se emprega mão-de-obra familiar e, na maioria das vezes, recursos próprios para implantação e manutenção da lavoura.
Vale ressaltar que as condições ecológicas dessa região são diferentes da maioria das regiões tradicionais de cultivo de abacaxi e que a cultura, embora pesquisada pela EBDA/UEP Paraguaçu desde 1981, somente passou a receber atenção da assistência técnica a partir do início da década de 90.
A elevação dos custos dos insumos e, sobretudo, as exigências crescentes dos mercados em relação à qualidade dos frutos têm determinado a necessidade de melhorias nas técnicas de cultivo e do manejo dos frutos na colheita e pós-colheita. Além disso, tem sido observado o aumento de perdas causadas pela fusariose, assim como uma crescente degradação dos solos e dos demais recursos naturais, demandando a adoção de um conjunto de medidas de controle da referida doença e de práticas de conservação da vegetação natural e dos solos cultivados com abacaxi.
Nos últimos treze anos, a parceria da EBDA com a Embrapa Mandioca e Fruticultura vem viabilizando a continuidade das ações de pesquisa, com vistas a melhorar a eficiência das técnicas de produção de abacaxi na região. Como resultado, são apresentadas neste trabalho as tecnologias recomendadas para a prática de um sistema de exploração comercial sustentável.
Atualmente, destaca-se, também, a criação da Cooperativa dos Produtores de Abacaxi de Itaberaba (COOPAITA), que vem desempenhando uma importante função no que diz respeito à comercialização do fruto, com reflexos bastante positivos no aumento da renda de seus associados, como também dos demais produtores, devido ao fator de regulação do preço dos frutos de abacaxi.