Conta de luz mais cara eleva inflação oficial em julho e IPCA fecha em 0,26%

A inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), fechou julho em 0,26%, segundo dados divulgados nesta terça-feira (12) pelo IBGE. O resultado foi influenciado principalmente pela alta na conta de luz, que subiu 3,04% no mês e representou o maior impacto individual no índice (0,12 ponto percentual).

O grupo habitação avançou 0,91%, puxado pelo reajuste da energia elétrica residencial em diversas capitais, enquanto o grupo alimentos e bebidas registrou queda de 0,27%, ajudando a conter o índice geral.

Nos últimos 12 meses, o IPCA acumula alta de 5,23%, acima do teto da meta de inflação do Banco Central para 2025, que é de 4,5%.

Energia elétrica e bandeira vermelha

A alta na conta de luz foi causada pela bandeira tarifária vermelha patamar 1, que acrescenta R\$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos. A medida, vigente desde junho, é utilizada para custear a geração por termelétricas em períodos de baixa nos reservatórios das hidrelétricas.

De janeiro a julho, a energia elétrica já acumula alta de 10,18%, a maior variação para o período desde 2018.

Alimentos mais baratos

Os preços da alimentação no domicílio caíram 0,69% em julho, com destaque para a batata-inglesa (-20,27%), cebola (-13,26%) e arroz (-2,89%). Essa foi a segunda queda seguida do grupo, que já havia recuado 0,18% em junho.

Segundo o IBGE, sem a redução no preço dos alimentos, o IPCA de julho teria sido de 0,41%.

Outros grupos e destaques

  • Transportes: alta de 0,35%, puxada pelas passagens aéreas (+19,92%), que foram o segundo maior impacto positivo do mês. Combustíveis caíram 0,64%, com gasolina em -0,51%.
  • Despesas pessoais: alta de 0,76%, com destaque para reajustes nas loterias (+11,17%), terceiro maior impacto individual.
  • Deflação: vestuário (-0,54%) e comunicação (-0,09%).

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