As novas regras do Bolsa Família começaram a valer em julho de 2025 e já impactam diretamente 36 mil famílias brasileiras. O Governo Federal atualizou os critérios para permanência no programa, acompanhando a recuperação da economia e o crescimento do mercado de trabalho formal.
Com a mudança, famílias que tiveram aumento de renda per capita entre R$ 218 e R$ 706 entram na chamada Regra de Proteção, permanecendo no programa com o recebimento de 50% do valor do benefício por até 12 meses.
Segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, essa atualização está alinhada à linha internacional de pobreza e garante uma transição mais segura para famílias que estão saindo da vulnerabilidade.

Pessoas com BPC terão regras específicas
Famílias com renda considerada estável ou permanente, como aposentadoria, pensão ou Benefício de Prestação Continuada (BPC), poderão continuar recebendo o Bolsa Família por até dois meses. No caso de pessoas com deficiência que recebem o BPC, o prazo se estende para 12 meses, devido à natureza revisável do benefício.
Programa combate à fome e impulsiona empregos
De acordo com o ministro Wellington Dias, apenas em 2023, o Bolsa Família foi responsável por tirar 24,4 milhões de pessoas da insegurança alimentar grave. A expectativa é que o Brasil volte a sair do Mapa da Fome até 2026, como ocorreu em 2014.
O impacto do programa também é visível na geração de empregos. Em 2024, 98,87% das vagas formais de emprego criadas no país foram ocupadas por pessoas inscritas no Cadastro Único. Dessas, 75,5% pertenciam ao público atendido pelo Bolsa Família.
Pobreza em queda
Dados do Banco Mundial mostram que, em 2023, os índices de pobreza e extrema pobreza no Brasil chegaram aos menores níveis em anos: 27,4% e 4,4%, respectivamente. O avanço das políticas sociais fez com que 50% da população brasileira estivesse na classe média, com 972 mil dessas pessoas registradas no CadÚnico