Sindicato dos trabalhadores rurais transforma vidas de idosos seabrenses

Osvaldo Ferreira de Souza, 65,Secretário da terceira idade da instituição, fala com orgulho como os projetos de música, dança e artesanato promovidos pelo Sindicato dos trabalhadores rurais de Seabra tem modificado vidas de idosos de diversas comunidades da região “ A gente reúne as pessoas e elas saem do comodismo, da depressão”. Para ele o objetivo do projeto é trabalhar as singularidades regionais, valorizar os diversos aspectos religiosos pertencentes a culturas distintas presentes nessas comunidades.

O secretário salienta que o trabalho voltado às comunidades independe de crenças e almeja romper com a violência e o preconceito entre religiões. Conforme o Secretário o problema da modernidade é o individualismo, de acordo com ele,a sociedade isola os idosos e isso precisa ser rompido:
“O mundo da modernidade, se por um lado mudou para melhor, por outro o vício do celular tirou o hábito de dialogar”. Nesse sentido, Osvaldo assinala, que busca com o trabalho promover a união e igualdade entre as pessoas e sobretudo despertá-las, enquanto cidadãos autônomos na busca pelos seus direitos.

Para o morador da comunidade quilombola do Agreste o senhor Raimundo Januário da Silva, 57,que participa ativamente das reuniões e projetos do Sindicato, é a partir do conhecimento que se pode transformar a realidade onde vive: “Eu gosto de participar de tudo porque vejo a mudança como forma de crescimento e se a gente não conhece não consegue mudar nada”

Conforme a presidente geral Hildete Rosa o papel do sindicato é colaborar na articulação dos movimentos sociais rurais:“ O sindicato também participa dos conselhos de educação, assistência social e ministérios do desenvolvimento social, por meio deles é que as comunidades se organizam para reivindicar os seus direitos”.

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    Já para o diretor geral do setor financeiro do Sindicato João Batista, morador de uma comunidade quilombolas de Seabra, o objetivo desses projetos vai além disso, vindo de uma realidade social difícil ele próprio se coloca como exemplo de emancipação: “O sindicato mudou minha vida”. o diretor financeiro aponta ainda a necessidade de desenvolver a criticidade nas pessoas para obter uma real transformação dessas comunidades: “O sindicato esclarece aos idosos a respeito de seus direitos, de acordo com o estatuto. Pois é muito comum vermos estas pessoas sofrerem golpes financeiros como empréstimos mal esclarecidos, feitos pela própria família. E nisso, precisamos despertá-los’.

    Batista também percebe como esses projetos aumentam a auto- estima dos idosos: “Teve uma senhora de lá da comunidade que participando do programa se curou da depressão, são os idosos que mantêm o sindicato, nada mais justo do que devolver projetos voltados para esse público”. Em consonância o presidente Válter Angelo afirma que as pessoas precisam mudar a concepção que se tem sobre os idosos e tirá-los do sedentarismo, pois eles são sim muito úteis á sociedade: “Precisamos lembrar que é a terceira idade hoje que segura as estruturas das famílias, precisamos valorizar os nossos velhinhos”.

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