Presos que participaram de rebelião na delegacia de Ipirá fazem exame de corpo de delito em Feira de Santana

Dezessete detentos que participaram da rebelião na delegacia do município de Ipirá na segunda-feira (13), estiveram na tarde de hoje no Departamento de Polícia Técnica de Feira de Santana (DPT) para realização de exame de corpo de delito. Durante a rebelião, os presos destruíram todas as celas da delegacia e incendiaram colchões. Dez presos serão encaminhados ao Presídio Regional de Feira de Santana e sete retornarão para a delegacia de Ipirá.

O tenente José Lima da 98ª Companhia Independente de Polícia Militar (98ª Cipm), em entrevista ao Acorda Cidade informou que os presos decidiram fazer a rebelião para reivindicar melhores condições nas celas e na delegacia. Segundo ele, um carcereiro foi feito refém, mas após a rebelião foi liberado. Ele não sofreu ameaças, nem foi ferido e passa bem.

Foto: Aldo Matos/Acorda Cidade

“Os presos atearam fogo na delegacia, destruíram toda a carceragem, quebraram as câmeras de monitoramento e queimaram os colchões. Com esforço, conseguimos negociar e a rebelião chegou ao fim. O carcereiro que ficou de refém foi liberado e está bem. Eles vieram à Feira de Santana fazer exame de corpo de delito e alguns serão encaminhados ao presídio. Para essa operação tivemos o apoio da Rondesp (Rondas Especiais), Cipe Chapada (Companhia Independente de Policiamento Especializado) e da Polícia Civil”, declarou.

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    Um dos detentos que participou da rebelião contou que entre as reivindicações que desencadearam o motim estão a falta de roupa de cama na delegacia e produtos de higiene como barbeador. Além disso, a superlotação e alguns detentos estão na carceragem há mais de dois anos sem ter audiências judiciais. Segundo ele, a rebelião aconteceu para chamar a atenção das autoridades.


    “Também precisam entender o nosso lado. A gente não queria fazer. A rebelião é para chamar a atenção da nossa realidade. Todos os presos participaram da rebelião. Somos seres humanos e queremos uma condição melhor”, afirmou.

    Com informações do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade.

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