MST participa do 3º Simpósio de Agroecologia da Bahia em Seabra

Na manhã desta quarta-feira (14), o MST participou da mesa de abertura do 3º Simpósio de Agroecologia da Bahia (SAB) com aborda o tema “Perspectivas da Agroecologia: Agricultura familiar, Saberes tradicionais e Transição Agroecológica”, que segue com sua programação até sexta-feira (16), no Instituto Federal da Bahia (IFBA), em Seabra, na Chapada Diamantina.

O evento está aberto ao público e conta com a participações de agricultores familiares, professores, indígenas, quilombolas, estudantes de várias universidades e alunos do próprio IFBA.

Diversas oficinas, mesas-redondas, minicursos, reuniões técnicas, apresentações culturais, estão sendo realizadas durante o espaço, além de uma grande Feira da Agricultura Familiar Agroecológica e Economia Solidária, reunindo alguns produtos dos agricultores da região.

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    Jerônimo Rodrigues, titular da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), pontua que para discutir agroecologia e agricultura familiar alguns pilares são fundamentais. “Este simpósio nos trás uma pauta provocadora de construção e reflexão. Um é o tema da terra, pois não se faz agroecologia num regime de acesso dificultoso que temos, e estamos juntos no enfrentamento coletivo pela garantia de terra. Outro ponto é a água, está em tramitação na Casa Civil a Lei de Convivência com Semiárido, pois precisamos empoderar os movimentos, até porque a garantia de água é tão importante quanto a terra”.

    Secretário Jerônimo na mesa de abertura do Simpósio.

    “Precisamos articular e garantir também que o conteúdo da Escola Família Agrícola (EFA), os ensinamentos disseminados nos assentamentos, terreiros e comunidades quilombolas, sejam inseridos numa educação municipal de qualidade” e completa “não podemos nos esquecer da importância da organização social e os movimentos populares, pois é necessário entender qual lugar de luta do sindicato dos trabalhadores, do movimento pela agroecologia, juventude e mulheres para garantia de direitos”, explica Rodrigues.

    Entre os temas para debates as políticas públicas e a inovação da agroecologia no Brasil, os sistemas agroflorestais, educação do campo, manejo e conservação do solo e da água, a comercialização e produção de alimentos agroecológicos, tiveram seu espaço garantido na centralidade do Simpósio.

    Com o objetivo de ampliar a discussão em torno dos sujeitos que residem nas comunidades rurais, a participação e o protagonismo da juventude e das mulheres norteiam as atividades.

    Mística de abertura.
    “Nós temos que mexer na terra, plantar, colher, respeitar a natureza, reflorestar e acima de tudo, nos alimentar o máximo possível de alimentos naturais, para cuidar da nossa saúde e do meio ambiente”, salienta Jacinta Paiaiá, da aldeia Paiaiá de Cabeceira do Rio, em Utinga.

    Já Domingas Farias, da direção estadual do MST, afirma que o simpósio consegue ser um grande espaço de articulação e unidade entre os povos do campo que visualizam o agronegócio como um dos instrumentos de acumulação do capital e de exploração dos recursos naturais e da classe trabalhadora.

    “O momento político que vivemos no Brasil requer, cada vez mais, unidade e, para isso, precisamos fortalecer nossas articulações com outros setores que também fazem luta em defesa de uma sociedade melhor”.

    “Nossa tarefa aqui é estudar, qualificar e defender a Reforma Agrária, na perspectiva popular, como um projeto igual e humano para o campo brasileiro”, conclui.

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