Itaberaba: Adolescente é encontrado com arma de fogo em colégio

Nesta terça-feira (02) a cidade de Itaberaba registrou mais um caso de adolescente que entrou na escola levando uma arma de fogo. Desta vez, o caso foi no Instituto Municipal de educação Carlos Santana onde a polícia militar foi acionada após um adolescente de 17 anos de idade se desentender com um funcionário. Com a chegada da guarnição o adolescente fugiu deixando para trás a mochila onde estava a arma que foi encaminhada a delegacia da polícia civil.
Mês passado uma situação parecida aconteceu na escola municipal Paulo Freire com um aluno de mesma idade. Ele foi encaminhado a delegacia pela polícia militar, após a direção solicitar a presença dos responsáveis. No complexo policial ele disse que a arma seria usada para defesa pessoal, pois estava sofrendo ameaças de um individuo desconhecido.
Analisando as duas situações nos chama a atenção o comportamento dos infratores. No primeiro o problema estava relacionado a uma coação singular, estranha ao ambiente e a comunidade escolar. Agora, nesse segundo caso, o cenário é bem parecido e a intervenção foi a mesma, só que agora não houve acordo e sim um conflito de interesses. O adolescente que anteriormente representava a vitima, agora troca de papel e assume o controle das ações dentro dos muros da escola, trazendo sério risco a vida de todos os professores, diretores, visitantes, funcionários, alunos, em fim todos componentes que frequentam a instituição.
Cobrar das autoridades locais uma iniciativa sobre esse assunto, não é querer a polícia ou a guarda municipal no portão escoltando os alunos na entrada e na saída da escola. Essa ação acontece politicamente e naturalmente, infelizmente após o acontecimento de uma tragédia. Não é preciso dizer que essas crianças e adolescentes trazem para escola o retrato do seu cotidiano. Também não é novidade falar que a violência é fenômeno recorrente na vida de qualquer brasileiro atualmente. Aliás, é nesta última fala onde está o problema. A mídia televisiva todos os dias nos atormenta na hora do almoço trazendo para nossas casas uma enxurrada de tragédias sociais divulgando matérias que visam, sem nenhum segredo, a obtenção de altos índices de audiência, promovendo estrelato a indivíduos envolvidos em atividades criminosas tornando o fenômeno da violência algo natural e comum na vida das pessoas. Não que estejamos aqui promovendo censura a imprensa, mas sim, sugerindo que façam uso desses espaços para fazer debates públicos mais objetivos acerca da segurança publica que queremos e precisamos ao invés de utilizar o drama das pessoas diariamente e explora-lo com comentários que em nada contribuem para evitar que novas vítimas sejam somadas. Sem falar que divulgando o modus operandi, fica faltando apenas a “mão de obra”. Dizer que querem transmitir a realidade com essa aglomeração de carnificina, não os obriga a transmiti-la em horário que não permite aos país, principalmente os que estão no trabalho, administrar o conteúdo exibido a seus filhos.
Para concluir, enquanto estamos aguardando atitudes dos governos municipais, estaduais e federais para alçarmos melhorias na educação e nos índices segurança publica, podemos com pequenas atitudes evitar a multiplicação de alunos com comportamentos semelhantes a estes citados aqui. Para os país e responsáveis que ainda não se atentaram para esse tipo de cuidado, fica o alerta para que depois de acontecido não se culpem ao ver seus descendentes atrás das câmeras e das grades por reproduzirem comportamento de rotina.

As informações são de Carlos Henrique – o repórter policial

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