Governo reconhece situação de emergência em Lajedinho após temporal

A situação de emergência decretada pelo município de Lajedinho, na Chapada Diamantina, após uma forte chuva atingir a região, foi homologada pelo Governo da Bahia nesta quinta-feira (6). O decreto vale por 180 dias. A informação foi divulgada pela Secretaria de Comunicação Social do executivo.

O temporal, registrado no dia 1º de março, causou uma tromba d’água no rio Saracura, que invadiu a cidade e deixou casas e ruas alagadas. Ao todo, 94 famílias ficaram desabrigadas. Não houve registro de mortes ou feridos. Um dia depois, a prefeitura decretou situação de emergência na cidade.

A homologação da situação de emergência agora pelo governo estadual permite que a prefeitura solicite apoio para ações de socorro e assistência à população, restabelecimento de serviços essenciais e recuperação de áreas atingidas. O decreto está sob análise também do governo federal e espera homologação do Ministério da Integração.

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    No dia 2 de fevereiro, o Ministério reconheceu um decreto de emergência da prefeitura de Lajedinho, mas por conta da seca. O decreto vale até o dia 10 de julho. A cidade baiana tem, portanto, dois decretos por situações adversas: chuva e seca.

    Conforme o coordenador da Defesa Civil da cidade, a forte chuva que caiu na região no dia 1º de março, que resultou no decreto de emergência, se concentrou apenas na zona urbana do município. A zona rural, segundo ele, sofre com uma estiagem prolongada.

    Doações
    Também nesta quinta, os moradores que foram atingidos pelo temporal do dia 1º de março receberam doações de policiais militares e de moradores da cidade baiana de Ruy Barbosa, que se comoveram com a situação das famílias e se mobilizaram através do aplicativo WhastApp.

    Segundo informações da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), alimentos, roupas, água e outros materiais foram entregues por militares da Companhia Indepentente de Policiamento Especializado (Cipe/Chapada).

    Prejuízos

    As famílias contam que perderam móveis ao ter as casas invadidas pela água durante o temporal. De acordo com a Defesa Civil do município, a chuva deixou 94 famílias desabrigadas. Alguns moradoes que foram afetadas agora também tinha sido atingidos pelo temporal que caiu na cidade há quatro anos. Na ocasião, 17 pessoas morreram e 600 ficaram desabrigadas no município.

    Tanto a enchente do último dia 1º de março quanto a de 2013 aconteceram porque um canal de macrodrenagem, que corta a cidade, não suportou o volume de água da chuva e transbordou.

    Segundo a Prefeitura de Lajedinho, é necessário ampliar a largura do canal de 5 para 30 metros, e a profundidade de 2 para 15 metros. A obra está prevista desde que aconteceu a primeira enchente, mas ainda não começou. A prefeitura diz que a obra é de responsabilidade dos governos federal e estadual, por meio da Companhia de Desenvolvimento Urbano da Bahia (Conder).

    Como medida de emergência, a Caixa Econômica Federal autorizou alojar os moradores desabrigados em casas do programa federal Minha Casa, Minha Vida.

    Os imóveis ficam em um conjunto habitacional, na parte alta da cidade, fora da zona de risco. A obra começou em 2014 para abrigar 231 famílias atingidas na enxurrada de 2013, mas não foi concluída e está sem o sistema de água e esgoto.

    Abrigo

    As famílias que ficaram desabrigadas após a chuva do dia 1º de março foram levadas, aos poucos, para novos imóveis, segundo informações o coordenador da Defesa Civil do município, Edmundo Carvalho.

    Conforme Edmundo, os imóveis serão das famílias, não é aluguel ou empréstimo da prefeitura. Eles foram construídos para as pessoas que ficaram desabrigadas por conta da enchente de 2013. Além de deixar mortos e desabrigados, estruturas de prédios públicos foram levadas pela enxurrada.

    O coordenador da Defesa Civil de Lakedinho explicou que, no total, são 231 casas. Inicialmente, foram liberadas 94 para atender emergencialmente os moradores que ficaram desabrigados com a chuva da madrugada de sábado. Na tarde de domingo, o prefeito de Lajedinho, Marcos Mota, informou a liberação dos outros 137 imóveis

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