Apoio do presidente dos EUA, Donald Trump, ao ex-presidente Jair Bolsonaro por meio de medidas comerciais contra o Brasil acendeu alerta em setores da indústria e do agronegócio. A decisão prevê sobretaxas a produtos brasileiros, gerando preocupações com empregos e competitividade.
A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (ABIEC) afirmou que o aumento das tarifas prejudica o comércio internacional e pode comprometer o abastecimento global. A entidade defendeu que disputas geopolíticas não devem interferir na circulação de alimentos.
A Frente Parlamentar da Agropecuária alertou para impactos no câmbio e aumento do custo de insumos, afetando a competitividade das exportações. Parlamentares consideram que o caminho diplomático é o mais adequado diante da crise.
A Associação Nacional dos Exportadores de Sucos destacou que a sobretaxa prejudica tanto o Brasil quanto os consumidores norte-americanos, que têm o país como principal fornecedor externo há décadas.
Já a Associação da Indústria do Plástico disse que a medida atinge empresas tecnológicas, responsáveis por empregos qualificados. Para a entidade, as sobretaxas afetam setores estratégicos da economia.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) declarou que não há justificativa econômica para a medida e lembrou que os EUA mantêm superávit comercial com o Brasil há mais de 15 anos. A CNI teme prejuízos bilaterais caso a relação comercial se deteriore.
Entidades brasileiras pedem articulação política e diplomática para evitar perdas maiores no comércio exterior e na geração de empregos.