A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) solicitou, na manhã deste domingo (22), a prisão do motorista que dirigia a carreta envolvida em um grave acidente na BR-116, em Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri. O acidente, que ocorreu por volta das 4h, deixou 39 mortos e mais de uma dezena de feridos, sendo considerado o mais fatal da história das rodovias federais no Brasil desde 2008.
De acordo com investigações da PCMG, o motorista da carreta estava com a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) suspensa e transportava carga em excesso. Após o acidente, ele fugiu do local e está sendo procurado pela polícia. O caminhão, um modelo bitrem, estava operando em horário e condições irregulares, e o tacógrafo e a carreta foram levados para perícia em Teófilo Otoni. O ônibus, da Viação Emtram, não pode ser periciado devido à gravidade dos danos.
O acidente ocorreu quando um bloco de granito se soltou de uma das carretas e atingiu o ônibus, que pegou fogo e explodiu em seguida. O veículo, que vinha de São Paulo e tinha como destino Elísio Medrado, na Bahia, transportava 45 passageiros. As vítimas fatais foram, em sua maioria, carbonizadas, dificultando a identificação dos corpos. 13 pessoas sobreviveram e foram encaminhadas para atendimento médico.
Após a colisão, um carro Fiat Argo também se chocou contra o caminhão. Todos os três ocupantes do veículo de passeio foram resgatados com vida.
Este é o maior acidente da história registrado em estradas federais no Brasil, conforme dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF). A via foi liberada após as equipes do Corpo de Bombeiros realizarem a limpeza da pista, removendo óleo e detritos para evitar novos acidentes.