Estudantes do curso de Jornalismo da UNEB Seabra são finalistas da etapa estadual do Prêmio Sebrae de Jornalismo, com a série de reportagens intitulada “Agricultura familiar e afro- vivências: memórias de quilombos da Chapada Diamantina”. A série foi produzida na disciplina Telejornalismo II pelos alunos Ana Novaes, Ana Paula Oliveira, Taciere Santana, Magno Novais, Taisla Cintra, com edição de Iago Aquino e orientação da Profa. Dra. Juliana Almeida. A solenidade de premiação acontece no próximo dia 10 de setembro, na sede do Sebrae, em Salvador, durante o 1º Encontro Baiano de Comunicadores.
A série “Agricultura familiar e afro-vivências: memórias de quilombos da Chapada Diamantina” explora, em cinco episódios, as particularidades culturais, econômicas e os desafios enfrentados pelas comunidades quilombolas da região. Retrata a vida em três comunidades rurais da Chapada Diamantina: Agreste, Vazante e Mulungu e são destacadas a importância da educação, os desafios da agricultura familiar, os conflitos enfrentados e o rico patrimônio cultural dessas comunidades, promovendo o reconhecimento e valorização de suas identidades e lutas, além da cultura empreendedora. As reportagens podem ser assistidas no canal da TV UNEB Seabra, no Youtube.

A atividade de campo enriqueceu a prática profissional dos alunos. “Foi um trabalho de imersão no telejornalismo e na realidade dessas comunidades. Os estudantes se dedicaram muito em todo o processo de produção. Ser finalista deste prêmio nos enche de orgulho”, disse a professora Juliana Almeida.
Taciere Santana foi uma das repórteres e falou sobre o processo de produção das pautas. “Construir a série ‘Agricultura familiar e afro- vivências’ foi a coisa mais bonita do semestre passado. Em um curso que discute como a comunicação incide na territorialidade da Chapada Diamantina, trazer a pauta quilombola é também cumprir o papel de extensão e ampliar as vozes das comunidades. As narrativas de cada pauta foram construídas a partir de conhecimentos primários que já tínhamos, mas foi extremamente enriquecido no momento dos contatos e gravações. Ir aos quilombos e ser recebida com tanto carinho foi muito especial. Essa série é uma devolutiva bonita diante da representatividade dos quilombos da Chapada, representados brilhantemente por Agreste, Vazante e Mulungu de Boninal”, destacou.
A estudante, Ana Novaes, destaca o reconhecimento ao trabalho da turma. “Foi uma experiência intensa e enriquecedora, que foi marcada pela responsabilidade de dar voz aos quilombolas e permitir que eles mesmos narrassem suas histórias. Mostrando desde sua identidade, os desafios na educação, agricultura familiar até os conflitos territoriais e o rico patrimônio cultural dessas comunidades. Sem dúvidas, saímos dessa experiência com um profundo respeito pela resiliência, força e luta dessas comunidades, e com a certeza de que a valorização de seu patrimônio cultural é essencial para a construção de uma sociedade mais justa”, relatou.
Ana Paula Oliveira também fala sobre sua experiência com as reportagens. “A experiência de realizar a reportagem em série foi enriquecedora. Ao dar visibilidade às comunidades quilombolas, conseguimos resgatar e valorizar o conhecimento ancestral e cultural que essas populações guardam há gerações. Cada história contada trouxe à tona a resiliência e a sabedoria do povo negro. Além disso, essa imersão com o curso de jornalismo destaca a importância de reconhecer e respeitar essas vivências. Desta forma não apenas informamos, mas também celebramos a diversidade cultural, a luta pelo direito dessas comunidades e reforça a necessidade de uma narrativa jornalística voltada para estas representatividades”, afirmou.
O Prêmio Sebrae de Jornalismo está na 11ª edição. Este ano o tema central é “A contribuição dos pequenos negócios na transformação de realidades locais”.