Cerca de 600 estudantes da rede estadual de ensino de Lençóis e municípios vizinhos participam da primeira Festa Literária de Lençóis (Flilençóis) na Chapada Diamantina. O evento, iniciado na quinta-feira (7), se estende até sábado (9) com o tema “De Gagum a Dom Obá: 200 anos de independência de um Brasil profundo”. O objetivo é fortalecer as narrativas de resistências históricas, literárias e culturais do território.
Leninha Vila Nova, superintendente de Políticas para a Educação Básica do Estado, representando a secretária da Educação, Adélia Pinheiro, ressaltou a importância da Flilençóis para a Educação. Ela destacou que iniciativas como essa oferecem um vasto campo de conhecimento para os estudantes.
No segundo dia da Flilençóis, o Coreto Literário e a FliArena foram palcos das apresentações artísticas e culturais dos estudantes, todas relacionadas ao bicentenário da independência. As performances incluíram poesias e músicas que abordaram temas como a Independência da Bahia, o legado da comunidade negra e as nuances da vida cotidiana.
Outro destaque foi o docudrama “ da Liberdade: o Bicentenário da Independência da Bahia – 1823-2023”, exibido na Casa e Memorial Afrânio Peixoto. O filme, produzido pela SEC, celebra as figuras heroicas que marcaram os últimos dois séculos, como Maria Quitéria, Joana Angélica e Maria Felipa.
No sábado, a participação dos estudantes continua com apresentações da Banda Marcial Fanvargas e do coral de diferentes escolas estaduais da região. O evento também incluirá o lançamento de livros e a roda de conversa “Projeto Floriá”.
Gagum e Dom Obá, homenageados na festa, representam figuras notáveis da história de Lençóis. Gagum, filha de garimpeiros, deixou um legado poético e foi recentemente honrada pela Câmara Municipal. Já Dom Obá, defensor da igualdade racial e abolicionista, é descendente direto de Aláàfin Abiodun, último soberano a manter unido o reino de Oyó no século XVIII.
Fonte: Ascom/SEC