Lutador com síndrome de Down ignora preconceito e estreia-se no MMA

A história de Holeve foi contada em detalhe num documentário da ESPN norte-americana, que mostra o desafio que ele próprio teve com a sua síndrome, as dificuldades da sua família e como ele se tornou lutador, ganhando o apoio de Stephan Bonnar, que já foi um lutador top do UFC.

Nascido em 1989, ainda bebé Garrett tinha características que posteriormente confirmaram o distúrbio genético. «O meu objectivo foi sempre dar-lhe todas as oportunidades, como fiz com todos os meus filhos.

O jovem jogou basquete e beisebol, e o contacto com crianças sem a síndrome gerou um preconceito com a sua própria condição. «Um dia ele disse: Não quero mais ser chamado de Garrett. Garett tem síndrome de Down, e ele está morto para mim», conta o pai. Ele não gostava de andar com outras crianças com Down, por achar que faria mal à sua imagem.

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    «Down não me afecta, eu ignoro isso», diz Garrett. Ele passou a conviver melhor quando se tornou lutador. Foi uma ideia do pai, que colocou todos os filhos nas artes marciais. «Ele começou a ir para o chão, aprender rapidamente os movimentos. E percebi que tínhamos algo ali», conta Mitch.
    «Eu luto porque isso faz-me feliz. Faz com que eu me sinta bem», explica o jovem, que também aumentou a auto-estima ao perder 18 quilos: «sou uma máquina de músculos».

    Garrett treina na conceituada American Top Team. Lá, foi apadrinhado por Stephan Bonnar – veterano, hoje aposentado, que em 2013 enfrentou Anderson Silva no Rio de Janeiro.
    «Este jovem tem personalidade! Ele não gostava de ter Down e ter de ouvir as pessoas a lamentarem isso. Ele encontrou uma paixão nas artes marciais e um propósito para a sua vida», opina Bonnar.

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