Cinco ex-integrantes da New Hit voltam a ser presos; três são procurados

Cinco dos oito ex-integrantes da extinta banda New Hit condenados a 10 anos de prisão, acusados de estuprar duas adolescentes, em agosto de 2012, em Ruy Barbosa , foram presos na tarde desta terça-feira, 24, por determinação da juíza Marcela Moura França Pomponet, da comarca de Ruy Barbosa.

Alan Aragão Trigueiros, Jhon Ghendow de Souza Silva, Michel Melo de Almeida, Weslen Danilo Borges Lopes e Willian Ricardo de Farias foram detidos por policiais da Coordenação de Polícia Interestadual (Polinter), sob coordenação do delegado Ivo Tourinho, em cumprimento à execução provisória da pena. Eles estavam em suas residências, nos bairros de Itapuã, Tancredo Neves, Federação e Uruguai.

Até a noite desta terça, Edson Bonfim Berhends Santos, Eduardo Martins Daltro de Castro Sobrinho e Guilherme Augusto Campos Silva eram considerados foragidos da Justiça. Eles não foram encontrados pela polícia.

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    Em conversa com a reportagem na noite desta terça, o advogado de Eduardo Martins, o Dudu, Alfredo Venet, afirmou que seu cliente se apresentará à polícia. “Ele não estava em casa, fomos pegos de surpresa. Não foi publicado nada, não recebi a decisão. A juíza só enviou o mandado de prisão e a guia para recolhimento imediato ao presídio [de Salvador].

    Ordem judicial não se discute, recorre”, afirmou o defensor.
    A determinação da juíza foi publicada no site do Tribunal de Justiça nesta terça.
    Advogado critica decisão
    “Foi uma surpresa para nós, porque o que tem de gente aguardando a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e fazer uma execução provisória de sentença, foi um pouco precipitada.

    Acho que é para dar resposta à opinião pública, não tinha motivos para isso”, avaliou o advogado Leite Matos, defensor de Alan Trigueiros.

    Ele afirmou que pretende entrar com habeas corpus solicitando a soltura de seu cliente. “Vamos entrar com habeas corpus, mas espero que seja determinada a liberdade por liminar”, completou, revelando que os advogados dos outros acusados devem apresentá-los em tempo hábil.

    Exigência por punição

    Para o advogado Maurício Freire, representante das duas adolescentes, a decisão da juíza foi um pouco tardia.

    “Acho até que demorou. Deveria ter saído desde agosto, quando eles foram julgados.

    A sentença foi confirmada em segunda instância e já cabia a execução provisória”, analisou Freire.

    Em 29 de agosto último, o desembargador e relator do processo, Lourival Trindade, proferiu a sentença condenando em 2ª instância os oito réus e absolveu, por falta de provas, o ex-integrante Jefferson Pinto dos Santos e o segurança Carlos Frederico Santos de Aragão.

    À época do crime, os réus foram acusados de estuprar duas adolescentes de 16 anos, dentro do ônibus da banda, após uma apresentação do grupo, em Ruy Barbosa.

    Na ocasião, as garotas disseram que foram atacadas pelos acusados, quando entraram no ônibus para tirar fotos com eles. Elas foram incluídas no Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte (PPCAM), mas apenas uma continua.

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